É difíçil manter o equilíbrio quando este já não se encontra comigo.
Numa imagem mental, é como tentar andar de costas carregado com o peso do mundo nos ombros
por cima de uma linha de costura suspensa sob o céu. Acabando sempre por cair..
Caio vertiginosamente, caio trazendo em mim o que deixas-te ficar. Um vazio, um nó que se aperta, um sufoco, uma imensa escuridão, a angustia, a saudade..
Deixo contigo o melhor que alguma vez fui e caio.. Caio em duvida, caio sem resposta, caio em silêncio, caio sem medo. São lágrimas que não saem, são sorrisos que ficam, memórias que me lembram e me levam a ti.
Sigo-as até ao fim..

,volta para traz!

Hoje foi mais um dos dias em que dormi nos teus braços, ainda que de um sonho se tratasse senti-me tão seguro..
O meu coração esboçava fortes sorrisos, sorrisos iguais aos de outrora mas desta vez humedecidos pela saudade. Saudade de cada um dos nossos lugares de todo o nosso tempo, da simplicidade e cumplicidade que tinhamos um com o outro. Saudade de nós.
Quero ficar contigo nesse momento mas tudo se desfaz num acordar...triste acordar porque vieste tu?!..
Contigo levas metade de mim, o pouco que resta pergunta o que realmente aconteceu, o porque e qual o sentido, pedindo por ti num frenezim onde as palavras saem mudas. O aperto é grande e o vazio é ainda maior, como se arrancassem de mim tudo o que alguma vez foi.
Em mim nada mudou, tudo esta como deixas-te ficar. Talvez na ânsia de um acordar teu...


Talvez porque te amo como ninguém...(L)

simplesmente irreal :'(

Desde esse dia que sou uma pessoa diferente, ensinaste-me a voar mesmo não tendo asas e fizeste-me ver que nada é impossível.
Estava caído pegas-te em mim, desconcertado limpaste-me as lágrimas do rosto, devolveste-me o sorriso aquele que agora é teu, só teu e que por ti sorri.
Nas mãos te entreguei o meu coração, por ti ele bate e só por ti.
Não és pão mas sacias-me, não és água mas matas-me a sede, trago-te comigo no pensamento, respiro-te és vida em mim.
Sou como um livro e todos os dias fazes história em mim. Palavras, gestos, acções tudo é revivido quando não estas presente.
Como uma semente, fui levado pelo sopro da vida até ti, de nos nasceu um fruto com quatro letras apenas mas com um significado tão imenso como o sol é para a vida.
Como a lua nasce para a noite, eu nasci para te amar, para te ver e fazer sorrir.
És tu quem me faz acordar com alegria e me da forças para lutar.
A cada dia que passa és maior dentro de mim..

Tu és o meu equilíbrio (l)

Encontrei-te, estavas no frio chão de um dia cinzento, assim como uma folha de outono que anda á deriva no vento. Lembro-me de ti, da tua cara fugida da chuva, do teu vazio olhar, nele via densas nuvens e fortes probablidades de precipitação. Estavas enublada, saber em ti sobre um futuro amanhã sempre foi como tentar ler um livro a meio escuro, de pernas para o ar. Fria que és adornei-te com um aroma do meu carinho, nos teus olhos, aberturas de céu limpo.

Desse dia guardo o nosso terno abraço, ainda que curto, longo no coração. A minha transparência segreda-te, lês-me os espelhos da alma e refletes-me o que sempre quis ouvir da tua boca, uma palavra doce, melódica e iluminada. Irradias-me sinto-me levitar, levas-me a respiração num quente sentimento que nem a noite polar mais fria consegue apagar. És o meu forte, contigo me encontro e me vou descobrindo...

Afinal de contas sempre fui esse ser fantástico a quem tu chamas de amor*.

Assemelho-me a um pedaço de barro, de mim podes obter tudo e o nada tambem. Limitas-te a olhar com esses teus doces olhos castanhos, não tendo boca para falar fico-me no silêncio do teu perfundo olhar, se tivesse te diria que nem só de olhares se fazem grandes obras. Um toque de vontade, uma pitada de perceptividade e um quanto baste de coração fazem de mim o ser mais maleável á face do teu mundo. Nasci sem manual, mas entrego-me no bom senso das tuas mãos, as que me ensinam e me fazem crescer como pessoa. Transformas-me, mas ainda tenho uma forma apagada...a forma da tua incerta certeza.

Susurras-me baixinho...mas apenas sinto o calor vindo dos teus vermelhos lábios, um vermelho suave como seda, que me amacia nos tristes dias ausentes, deixando um rasto de alegria que ao amanhã se prolonga.

Hoje tomas-me por um simples pedaço de barro, amanhã serei o teu pisa papeis.

Moldar...
Moldar é a palavra chave, a chave que me abrirá as portas a esse teu lindo coração..

Decidi estar feliz, agora mais que nunca sei o que realmente quero, já sabia mas tinha algumas oposições, apagueias todas do meu penssamento e fiquei só com o que realmente me traz a ti...pessoa, sentimento tu felicidade. Mais cedo ou mais tarde acabarás nos meus braços, sentir-te-ás protegida e lá ficaras até que o mundo acabe, dar-te-ei o céu se assim o desejares. Não deixarei que o teu nome seja só mais uma simples palavra, serás completa em corpo, alma e serás verdadeira no teu significado. Este é o momento pelo qual sempre esperei, quero sair gritar e saltar para que todo o mundo ouça e veja, e te sinta tambem. O mundo sem ti seria algo esborratado a preto e branco sem cheiro, nem paladar...

Juntos venceremos todos esses monstros de encantar e iluminaremos com o brilho de um simples sorriso, todo o nosso caminho.

E tu felicidade...o que realmente queres?

Até podias escrever um livro em algumas páginas da minha vida, não fosse a tua caneta estar sem tinta. Por mais que escrevas não me anotas nada...mas apesar disso fico marcado com a tua escrita, tal não é a força que fazes quando escreves. As tuas transparentes palavras conseguem prelongar-se por páginas e páginas, por mais que me desfolhe acabo sempre por sentir mais do mesmo, um 'quente frio', que fazes transparecer da tua mão e que se faz sentir até á esférica ponta da tua caneta. Rodando entre o quente e o frio tal como as doces e fortes braçadas que dás para me rabiscar, deixando em mim um rasto desse teu perfume doce , aromado a nuvem do céu.

Fecho-me e guardo-me para mais tarde recordar, pois se o melhor que tenho de ti são tentativas de escrita, então guardalas-ei no meu pequeno e frágil livro na esperança de um dia vir a ter uma verdadeira história tua.

Dizem que nao há horas certas para nada, mas esta é a hora certa de partir em retirada, quando tudo e todos estão contra nós não se torna difiçil vencer, mas sim impossivél. Voltar a ser o que sempre fui, esse foi o destino que escolhes-te para mim... pedra nesse fundo e límpido rio de água doce , lá permanecerei até que a força da corrente me faça mudar. Logo agora que estava a ganhar 'casa' num lugar de que muito gostava, acabaste por me deixar cair, talvez por trazeres esse teu pequeno avental carregado com as 'mil e uma inutilidades' que tanto dizes querer-te desfazer. Posso não ser pedra preciosa, mas julgo que os meus tons de verde esmeralda e lima até ficavam bem na tua parede pintada em tons de violeta, ao invés preferiste decorar esse teu muro com as pedras mais vulgares, pedras cinza-brancas, essas que tens aos pontapés á saida de tua casa...

Chegará o dia em que precisarás das minhas cores para completar esse teu lindo muro violeta, até la ficarei imovél no sitio onde tu me deixas-te...porque uma simples pedra pode fazer a diferença.

Onde?...quem sou eu?...o que faço aqui?.....escuridão,nada mais, respiro escuridão...grito com todas as minhas forças, peço ajuda mas as palavras saem mudas..tento procurar caminho com as minhas mãos , mas estas não sentem o chão..um subito frio gela a minha alma, quero tremer mas não consigo..tenho medo. Medo de não poder voltar a sentir o pouco que nunca me deste, dentro de mim um nó, nó que se aperta cada vez mais..respiro,..mas sufoco, desespero e espero pelo dia em que todos os meu sentidos despertem e me libertem desta densa escuridão...enquanto esse dia não chega sou consumido, ardo e nao vejo chamas...choro e não as consigo apagar...sofro em silêncio, nada nem ninguem me pode ouvir, e apenas tu me podes salvar.

Batalhas...todos os dias as travo, batalhas
interiores, batalhas exteriores, umas ganham-se outras perdem-se nesta grande roleta russa. Todos os dias treino para as ganhar, mas nem sempre é fácil, nem da maneira que ser quer, nao há espaço para ensaios..., das mais fáceis ás mais difíceis, algumas por pura "peneirice" outras porque o "tem que ser" tem muita força, umas atrás das outras sem sequer ter tempo para descansar ou sequer respirar, tento controlar a respiraçao mas o ataques são tantos e vindos de todas as direções, que acabo por esquecer...sinto-me desfalecer.., dos pés á cabeça, tudo e nada me dói, espero pelo golpe final mas este tarda em vir..tenho a sensação de estar cada vez mais distante de mim mesmo e de tudo o que me liga a este mundo, não sei onde procurar força,..será que tenho onde?..a esperança já morreu...venha de lá o golpe final...

Apanhar...sinónimo de agarrar..., nem sempre é facil agarrar o impossível mas quando a "gana" é muita acabamos por ter um ínfimo da nossa felecidade!, eu digo isto porque das raras vezes em que consegui agarrar alguma coisa, essa coisa desvaneceu-se e fez-se em nada, o nada que eu sempre tive e que muito provavelmente vou continuar a ter para complementar o grande vazio que há em mim..vazio esse que põe em causa toda a minha insignificante existência, levando-me ao ponto de pensar "mas por que raio nasci eu e não outra pessoa em meu lugar?", tudo seria mais facil se assim fosse..., não teria preocupações, nao teria necessidades, nem sequer teria pensamentos ou sentimentos seria talvez aquilo a que todos nós chamamos de "O Nada",..mas isto sou eu a pensar não é?! Tambem nao passa disso mesmo!.. pensamentos desalinhados que surgem nas fileiras da minha cabeça que me confrontam com a triste e dura realidade que é a vida...