terça-feira, 19 de maio de 2009


Encontrei-te, estavas no frio chão de um dia cinzento, assim como uma folha de outono que anda á deriva no vento. Lembro-me de ti, da tua cara fugida da chuva, do teu vazio olhar, nele via densas nuvens e fortes probablidades de precipitação. Estavas enublada, saber em ti sobre um futuro amanhã sempre foi como tentar ler um livro a meio escuro, de pernas para o ar. Fria que és adornei-te com um aroma do meu carinho, nos teus olhos, aberturas de céu limpo.
Desse dia guardo o nosso terno abraço, ainda que curto, longo no coração. A minha transparência segreda-te, lês-me os espelhos da alma e refletes-me o que sempre quis ouvir da tua boca, uma palavra doce, melódica e iluminada. Irradias-me sinto-me levitar, levas-me a respiração num quente sentimento que nem a noite polar mais fria consegue apagar. És o meu forte, contigo me encontro e me vou descobrindo...
Afinal de contas sempre fui esse ser fantástico a quem tu chamas de amor*.

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