sábado, 2 de maio de 2009



Assemelho-me a um pedaço de barro, de mim podes obter tudo e o nada tambem. Limitas-te a olhar com esses teus doces olhos castanhos, não tendo boca para falar fico-me no silêncio do teu perfundo olhar, se tivesse te diria que nem só de olhares se fazem grandes obras. Um toque de vontade, uma pitada de perceptividade e um quanto baste de coração fazem de mim o ser mais maleável á face do teu mundo. Nasci sem manual, mas entrego-me no bom senso das tuas mãos, as que me ensinam e me fazem crescer como pessoa. Transformas-me, mas ainda tenho uma forma apagada...a forma da tua incerta certeza.
Susurras-me baixinho...mas apenas sinto o calor vindo dos teus vermelhos lábios, um vermelho suave como seda, que me amacia nos tristes dias ausentes, deixando um rasto de alegria que ao amanhã se prolonga.
Hoje tomas-me por um simples pedaço de barro, amanhã serei o teu pisa papeis.
Moldar...
Moldar é a palavra chave, a chave que me abrirá as portas a esse teu lindo coração..

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